Pi (1998 – EUA)
Mesmo com um orçamento modestíssimo (US$ 60 mil), o filme de estréia de Darren Aronofsky não poderia ter sido melhor. Além do impacto e repercussão, o prêmio de melhor diretor no Festival de Sundance. Roteiro muito esquemático, e audacioso, mexendo com questões polêmicas e intrigantes, numa tentativa de unificar e representar num único número ciência, religião e economia.
Max Cohen (Sean Gullette) é um gênio da matemática, solitário e excêntrico, que mora num pequeno apartamento, entre seus equipamentos eletrônicos e muitos insetos. Desde garoto tem dores de cabeça terríveis, e toma doses cavalares de remédios para suportá-las. Ele acredita que tudo no mundo segue um padrão, como na matemática, e tenta encontrar um conjunto de números, que aplicados em Wall Street, provem sua teoria. Sol Robeson (Mark Margolies) foi professor de Max e teve um derrame enquanto procurava uma padronização dentro do número Pi, Max sempre aconselha-se com ele enquanto jogam Go. Mergulhado entre os números Max passa dias em busca de respostas enquanto é cercado por alucinações, paranóias e é perseguido por investidores de Wall Street e alguns líderes de uma seita religiosa. O que Max não sabe é que ele está próximo de descobrir algo muito maior do que poderia imaginar.
O ritmo é frenético, os ângulos de câmeras são muitas vezes fora do comum e a fotografia preto e branco dá o toque alucinante que faltava. As inserções sonoras com músicas eletrônicas completam o clima muitas vezes paranóico flagrado no olhar profundo de Sean Gullette. Exemplo dessas características são as cenas com clima angustiante em frente ao espelho dão um clima angustiante.