





A premissa é genial! Um chefe carrasco e egoísta, que para não ser mal-visto pelos empregados, diz ser apenas um gerente. Quem seria efetivamente o “grande chefe” nunca aparece na empresa. Mas chega um momento em que a presença do “verdadeiro” chefe é requisitada, e ele contrata um ator para as formalidades. Lars Von Trier, recheado de humor negro, disseca as relações interpessoais num escritório.
É sórdido, é ranzinza, mostra o lado mais bruto e ignorante do ser humano. Só que antes da sessão começar já temos uma idéia geral do que virá pela frente, e o cineasta não consegue escapar do próprio estereotipo que construiu. Obviamente o humor impágavel nos conquista a cada nova situação esdrúxula e infelizmente tão real, só que o gostinho de tudo-como-esperado não sai da boca, e o filme não decola tanto quanto deveria, principalmente por Von Trier estar engessado em seu estilo e ser tão pragmático com ele.