Uma noite de estréia no teatro, um leilão de antiguidades e obras de arte, uma apresentação de um pianista, um café aconchegante, uma mesma rua. Danièle Thompson remete a esse pequeno e singelo microcosmos um mundo de personagens encantadores e instigantes. As maiores atenções podem estar concentradas na garçonete simpática, meiga e falante, mas o pianista cansado da requintada pompa do mundo da música clássica é o personagem capaz de oferecer reflexão em sua audaz indecisão sobre seus caminhos futuros. Trata-se de um filme simples e profundamente encantador, brigas familiares, disputas artístico-profissionais, Thompson faz do corriqueiro o belo e filmas as ruas de Paris com um carinho que só seus personagens poderiam desfilar.
PS: A Liga dos Blogues Cinematográficos divulgou nossa lista com o ranking dos melhores filmes da década de 50, os vinte primeiros ganharam pequenos textos (inclusive um meu para o maravilhoso Os Incompreendidos), vale a pena uma visita. Aproveitando, a Liga está em novo endereço.
Tb gostei muito do filme, Michel. Mas a personagem que mais me toca é a camareira que se aposenta, magistralmente interpretada por Dani, figura emblemática de filmes franceses dos 60/70! Abs
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