Vitus (Vitus, 2006 – SUI)
O avô é doce e fraternal (Bruno Ganz ótimo, dá vontade de voltar a ser criança e pedir um avô como ele), a mãe é a megera ditatorial. O garoto aquela coisa que nos conquista, bonitinho, irresistível. Só que dessa vez ele é super-dotado, e vive o dilema entre ser criança (onde a figura do avô é decisiva) ou dedicar-se a uma promissora carreira como pianista. Dentro deste contexto todo, espera-se pelos mesmos eventos de sempre, e ainda assim o encantamento de roteiro e personagens nos conduziria a uma sensação de prazer. Porém Vitus envolve-se com a bolsa de valores, e mesmo que eu não queria discutir a capacidade do aprendiz de gênio em cálculos matemáticos-financeiros, Fredi M. Murer faz essa opção de partir para o lado chato de tudo. E aquele amor de criança, a doce relação com o avô, as mentiras para ludibriar a mãe, tudo cai para o terrível tédio que não condiz com o tom de fábula inicial. E terminamos com um filme capenga, de soluções fáceis e quase nenhuma inspiração.
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