Mark Romanek bem que se esforça, mantém os personagens fiéis à verossimilhança (em atos e comportamentos, a um simplesmente aceitar pois assim foram educados) que a história pede, ainda assim o esforço é em vão e a natureza passiva não consegue forças para oferecer a proximidade necessária para que as pessoas verdadeiramente se emocionem com o drama desses personagens marcados aos sofrimento, dor e morte. Culpa das interpretações apáticas de Keira Knightley e Andrew Garfield (esse principalmente que precisava ter um pingo de emoção naquele coração), por isso quando o filme não tem para onde correr, focaliza na Carey Mulligan. Tudo muito burocrático, monocromático, desde o tempo no colégio interno modelo britânico até a essa necessidade da tristeza pela tristeza que faz efeito contrário, afasta, ninguém está envolvido, aliás ninguém está achando realmente crível aquela história toda.
Não Me Deixe Jamais – Mostra SP #6
Publicado: outubro 31, 2010 em UncategorizedTags:Andrew Garfield, Carey Mulligan, Keira Knightley, Mark Romanek
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