Um piloto de motovelocidade vaga em busca de consolo, ao encontro de respostas que nada sabemos. Ele apenas dirige seu carro, observa, a câmera o acompanha com grande proximidade. Não percebemos nada além de seu desconsolo, sua desolação, e Gallo é muito eficiente em assumir os riscos de se tornar monótono, mas ele alcança o prometido: causar questionamento e interesse. O filme transcorre, e já nos perguntamos se seria esse, mais um daqueles exercícios de um cineasta autoral arrogante. Só que, o cineasta nos pega no contrapé com a famosa cena no quarto de hotel. Não se trata apenas de uma cena real de sexo-oral (onde grande parte da critica e do público sentiu-se horrorizada, pela atriz, ou principalmente pela razão daquela cena estar ali). O fato é com ou sem cena de sexo explícito, o que temos é um grande e arrebatador desfecho, oferecendo ao filme um significado bonito, triste e desolador, tal qual o próprio protagonista tentava o tempo todo esquecer.
The Brown Bunny
Publicado: março 31, 2011 em CinemaTags:Chloë Sevigny, Festival de Cannes, Vincent Gallo
comentários
Meu problema com o filme é que eu assisti muito ansioso pra ver logo a cena final. Aí não aproveitei a “viagem”. hehehe
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Queimou a largada, Ailton haha
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