Sinceramente fui enganado, a programação do Telecine falava o título do filme, e eu, fui direto, acreditando que teria a chance de rever o filme de David Fincher. Ledo engano, primeiros minutos e já se percebe que a história é a mesma, mas a abordagem completamente diferente. Este foi lançado antes do filme de Fincher, sem grandes astros (o policial responsável pelo caso é Justin Chambers, o Alex Karev do seriado Grey’s Anatomy), e narrado de uma forma extremamente tradicional e dentro da cartilha.
A direção de Alexander Bulkley é a cara do filme, totalmente dentro do padrão, sem marca autoral, sem nada que o diferencie de um telefilme ou capítulo duplo de um seriado de tv. Está lá o serial killer misterioso, seus métodos, o medo de toda uma cidade, as cartas indecifráveis. Assim como os problemas particulares, a vida familiar desgastada, a obsessão no trabalho em desvendar o mistério. Trata-se de um filme descartável, nunca irritante, apenas desnecessário, serve muito para se comparar com seu exemplar mais famoso e entender as razões que fazem de Fincher um cineasta diferenciado.