A pergunta vem como um virus letal, automatica, cheia de expectativas, basta a pessoa te encontrar nas últimas semanas sabendo que voce gosta de cinema para perguntar: “Você viu Um Conto Chinês?”. E finalmente conferi essa fábula de costumes dirigida por Sebastián Borensztein. E o que há de especial nesse filme que anda cativando multidões? Simplesmente nada, não passa de uma história cheia de pequenas e singelas bizarrices narrada de forma cativante e simplória, sem fugir dos clichês de um típico filme onde um ermitão acaba tocado por pessoas à sua volta. Já assistimos a este filme dezenas de vezes, mas aqui há toda essa coisa de um chines engraçado perdido em Buenos Aires, sem falar uma palavra em espanhol. E o filme se envereda pela vida de Roberto (Ricardo Darín) que prefere a solidão de suas pequenas coleções. É singelo, simplório, alias usa muito bem a artimanha do simplório para se estabelecer como um filme de boa história, capaz de conquistar a todos que tenham um mínimo de sensibilidade.