Novamente Ingmar Bergman se debruçando em temas a respeito do íntimo feminino, dessa vez acompanhando simultaneamente duas mulheres. A fotógrafa de moda Susanne (Eva Dahlbeck) que sofre com o término de sua relação com um homem casado e a modelo Doris (Harriet Andersson) com seu genio dificil termina por birra seu namoro e acaba flertando com um um rico e solitário senhor.
Enquanto o dia de trabalho não rende o esperado, cada uma das mulheres passa a tarde em Gotemburgo, uma clamando para reencontrar seu ex-amante, a outra recebendo mimos e carinhos desse galanteador. De um lado tudo que o dinheiro pode comprar, de outro a estabilidade do matrimonio falando mais alto que os sentimentos.
Pode-se destacar as aflições de cada uma delas em suas histórias, particularmente fico com a cumplicidade das duas quando o dia atinge o ápice da frustração. É um momento de conforto, duas gerações, e a dor sentimental por motivos tão díspares. Os sonhos delas estão claros, expostos, Bergman tece essa destruição do sonho cristalino por uma realidade crua, e tão honesta.
Vi duas vezes Melancolia, de Lars von Trier. A primeira foi logo na pré-estreia, na primeira sessão do filme em Porto Alegre. Eu não podia deixar de fazer isso. Lars von Trier, Emir Kusturica, Peter Greenaway, Abbas Kiarostami, Roman Polanski e talvez Alexander Sokurov ainda mantêm viva aquela curiosidade que no passado tinha cada lançamento de Bergman, Truffaut, Tarkovski ou Antonioni. Destes, dos modernos, apenas von Trier, Kiarostami e Polanski têm vida comercial em cinema. Os outros estão em DVD e olhe lá.
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Bons nomes para não perder filmes no cinema!!!
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