Silver Linings Playbook (2012 – EUA)
David O. Russel emplaca mais um filme com muitas indicações ao Oscar, mas as relações entre o trabalho anterior e este são tantas, que o que parece criativo e inventivo, na verdade, é apenas reciclagem com nova roupagem. Comédia romântica com gente louca e diálogos metidos a espertos, com toques de paixão por futebol americano e a obsessão por reconstruir uma relação (que o próprio fato gerador mostra que andava fracassada).
O filme se esforça com cenas de diálogos explosivos e outros momentos engraçados. Russel consegue divertir o público, até que se possa refletir dois seguindos sobre tudo aquilo e perceber o quão impossível são discussões daquele tipo (ainda mais em se tratando de dois “desequilibrados em processo de tratamento psiquiátrico”). E quando os personagens começam a ser mais elaborados e as semelhanças com O Vencedor se tornam mais nítidas, é que pode-se perceber que não há nada novo ali, ele está refilmando seu trabalho anterior, com família problemática, e todos os elementos básicos de um filme do gênero.