Tenho sérios problemas com filmes que apostam na artificialidade e no burlesco. Esse humor tão simples, que parece lidar com o público como se fossêmos crianças de tres anos de idade. Dominique Abel divide a direção com os protagonistas Bruno Romy e Fiona Gordon, e eles testam a paciência de qualquer um.
A história de amor entre um porteiro de hotel e uma susposta fada, ultrapassa os limites do aceitável. Apresentações de dança vestidos com a tanga do Tarzan, debaixo do mar, é pouco? Apenas o começo, as situações descambam a tal ponto que nem o mais ingênuo animal aceitaria, passivamente, a sequencia do telefonema. Ela oferece três desejos, ele se apaixona, e uma série de coadjuvantes ajudam a criar mais cenas estapafurdias.
Essa coisa de fugir da realidade tem limites, mas esse trio aposta que o sem-graça e apagado pode render algo além do imprestável. Não, não pode. Anotem esses nomes, porque pessoas capazes de tal atrocidade, podem manter a mesma linha em outros trabalhos.