Thérèse Desqueyroux (2012 – FRA)
O filme-testamento de Claude Miller (faleceu pouco antes da estreia, em Cannes) é mais um a trazer, um filme de época, e as crises pessoais na burguesia. Não adianta ser baseado em livro vencedor do prêmio Nobel, a riqueza literária sempre acaba diluida pela história da mulher que sofre por não aceitar as convenções da época, isso no caso de diretores meramente convencionais. Dificilmente escapam da classicismo modorrento, com pouco a acrescentar.
A cada filme Audrey Tautou prova suas limitações, não adianta se aventurar por papéis que não sejam simpáticos e engraçadinhos . Thérèse é sisuda, triste, amarga, pouco vibrante, o oposto do que Tautou consegue fazer no cinema. A tristeza de sua vida vem de suas próprias escolhas, e Miller nunca escapa do mero contador de histórias, levando ao lugar-comum o texto de François Mauriac.