The Deep Blue Sea (2011 – EUA)
The Deep Blue Sea, um dos títulos mais lindos que eu já vi para um filme. Remete a tristeza, melancolia, e sofisticação. Elementos que não faltam ao trabalho de Terence Davies. Rachel Weisz é essa mulher sofrida (atuação madura, contida mas carregada de pesar), troca o casamento seguro com um juiz pela aventura romantica e sexual com um piloto da aeronáutica britânica. Os tempos são de pós-Segunda Guerra.
Impossível não chegar semelhanças com o estilo de Wong Kar-Wai, a fumaça dos cigarros, a mulher caminhando por um corredor, o tema do amor distante da felicidade, são muitas as semelhanças. Como também há diferenças, a música (tão presente para os dois), porém bem diferente, Davies a utiliza para aprofundar os sentimentos, até quando nem é mais necessário. E Davies é muito mais narrativo, pouco poético, os movimentos dos personagens tem clareza, as falas são diretas, é de uma beleza dura, chamuscada. A beleza melancólica. Mas há algumas cenas desencontradas, talvez mal editadas, que padecem de nexo como um todo.