A adaptação do cineasta Tran Anh Hung ao livro de Haruki Murakami (Norwegian Wood) parece ter pego emprestado a história romântica e se livrado de todas as referências pop e culturais. O que se assiste é o romance melodramático de um jovem com a ex-namorada de seu melhor amigo (após o suicídio do amigo). As transformações dos anos 60 rolando, mas o filme só quer saber se lágrimas, sofrimento, sanatório, ligações telefônicas e cartas.
Enquanto esse romance sofrido se desenrola, ele se envolve com uma jovem libertária, e vive as aventuras amorosas do amigo colega de quarto. Tran Anh Hung filma com muita beleza, nenhuma inspiração, cenas na neve, ou em campos, amores que prometem esperar o momento certo para ficarem juntos. Nada sai desse vai e vem de amor lacrimoso. E de repente, a canção dos Beatles aparece no meio do filme, alguém chora, todos os elementos servem para a história andar em círculos.