No ringue dois lutadores de boxe e a arte de esquivar-se e golpear. Atrás das câmeras, Stanley Kubrick filmando do chão, fora do ringue, uma sensação de que os boxeadores são maiores e mais rápidos. O foco no dorso massageado, os cortes rápidos, ainda era seu segundo trabalho, mas Kubrick já demonstrava sinais claros de sua genialidade. Inclusive conseguindo não copiar Robert Rossen e seu De Corpo e Alma (que revolucionara a maneira de filmar o boxe no cinema).
A trama segue os padrões da época, incluindo seus protocolos. Começa com o boxeador (Frank Silvera) numa estação de trem, narrando os fatos que o levaram até aquela espera. O envolvimento com a mulher (Irene Kane) de um figurão, e os perigos que essa paixão ocasionara. Duração curta, edição enxuta, Kubrick é mais contundente na empolgante sequencia entre machados e manequins (foto acima), quando o embate parece mais vivo e menos coreografado que o normal.