Chegando com atraso ao filme que levou a consagração de Drake Doremus, onde ganhou o prêmio de melhor filme da seleção principal, fica o sabor de olhar para o início de carreiras consolidadas. Veja o exemplo da coadjuvante Jennifer Lawrence, ainda era um papel pequeno, atualmente ela é protagonista na indústria do cinema.
O romance doloroso do cineasta Drake Doremus coloca de um lado as impossibilidades de conter um amor, e de outro as barreiras das leis que regem os vistos de permanência pelo mundo à fora. Felicity Jones e Anton Yelchin são os protagonistas que se equilibram entre a explosão do coração, e o início de suas carreiras que se solidifica.
Doremus filma com doçura, delicadeza, muitas vezes carrega no tom melado amoroso, em outras aprofunda-se nas crises e dores do amor. Há cenas bem construídas como o encontro no café, ainda na fase de flerte, com a câmera se dividindo entre eles (distantes) e uma coluna. Mas, o que de mais interessante o roteiro capta é essa necessidade psicológica de preencher com amores vazios, que talvez nem existam. A coisa de uma história que precisa de um ponto final, Doremus leva às últimas consequências, desperdiçando coadjuvantes, mas nunca perdendo o tom urgente do verossímil.