Paul Vecchiali novamente brincando de falar de amor. Com um pequeno grupo de personagens, num pequeno vilarejo francesa numa região vinícola, o diretor usa de suas artimanhas cinematográficas para explorar o amor livremente. Não há separação entre homens e mulheres, são pessoas interligadas pelo amor. Em algumas das cenas emblemáticas, Vecchiali brinca numa espécie de plano contra-plano, refazendo falas ao trocar o personagem focalizado. Em outras explora as dores e felicidades do amor, sejam via recordações dos mais velhos, seja pela paixão incontrolável dos mais jovens.
A presença do vermelho é constante em todos os ambientes, potencializando o objeto de estudo de Vecchiali, são vestidos, edredon, cortinas, ou apenas pequenos detalhes mas roupas, sempre uma presença marcante. Aparentemente a principal história é a da mulher do contador teme que seja traída, e decide se vingar. Mas, há o ator, que recentemente teria ganho o César, e se relaciona com um figurante de seu filme, que é um ex-militar com histórico gay. E esses personagens orbitam entre eles, com pequenas aparições de outros coadjuvantes, enquanto o amor se reflete, sob todas as formas, em todos os tipos de relacionamentos. O lado Vecchiali provocador se faz presente com uma clara menção ao filme Um Estranho no Lago, mas seu maior esmero é mesmo a abertura com narração em off do próprio cineasta.
[…] É o Amor, de Paul Vecchiali […]
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