The Revenant (2015 – EUA)
Estamos no século XIX, caçadores ganham a vida se embrenhando por regiões inóspitas, em eterno conflito com indígenas locais. Na trama, Hugh Glass (Leonardo DiCaprio) é atacado ferozmente por um urso, e acaba traído e abandonado por um de seus parceiros (Tom Hardy). O filme se torna uma aventura de sobrevivência, até desembocar na sede de vingança. Claro que tudo isso é exagerado, afinal estamos em outro filme de excessos de Alejandro González Iñárritu.
Os longos planos-sequencias destacam mais energia em meio as lutas sangrentas. O balé da câmera focaliza potencializa o grau de urgência, as batalhas coreografadas entem e saem de foco. Nesse Survivor de época, Iñárritu falsamente discute a honra e a lealdade, seu desejo explícito é causar novo impacto com o grau de violência e a quantidade de adversidades a qual o protagonista (semi-morto) precisa passar para retonar ao grupo. E nesse quadro, DiCaprio cumpre as necessidades com uma atuação de gritos, desespero e a dor física e psicológica dos limites testados a cada instante.