Los Angeles Plays Itself (2003 – EUA)
Praticamente uma declaração de amor a Los Angeles, utilizando-se apenas de recortes de filmes que retratam a cidade. O diretor Thom Andersen divide a narração em pequenos temas, agrupando cenas em conjuntos que apresentem edificações, ou o por do sol, animais e etc. Sempre fazendo referência a diversos filmes que tenham cenas com esta semelhança de temas.
Fica clara sua predileção por um tipo de cinema (e cineastas), não faltam referências a filmes de Michael Mann, John Carpenter ou William Friedkin. É um trabalho riquíssimo de pesquisa, mas o filme não fica só nisso. É uma maneira particular de Andersen prestar tal homenagem, ou simplesmente dissecar a cidade pelos filmes. A narração ajuda a misturar os filmes à cidade, tudo converge para que Los Angeles seja a cidade que Andersen captou pelo cinema. Não necessariamente fiel, mas sim a representação dessa visão particular que está totalmente conectada aos filmes escolhidos.
São três horas desse mergulho que se mistura entre o documental e a visão parcial, que usa dos filmes dos outros para criar essa poesia visual, que não só pede revisões constantes, como também cria o desejo de ver (ou rever) grande parte dos filmes citados. Tanta dedicação por Los Angeles, mas não pense que Thom Andersen nasceu na cidade, foi em Chicago.