Midnight Special (2015 – EUA)
Na tv, o ano de 2016 já foi marcado pela série Stranger Things e todas suas referências (que viraram até piada) a famosos filmes dos anos 80 (ET, Goonies e outros). Porém, antes mesmo da série do Netflix fazer sucesso, Jeff Nichols lançava no festival de Berlim sua nova parceria com Michael Shannon, em temática parecida a toda essas referências.
Confesso que Nichols tem sido alvo de algumas decepções, seus filmes geram enorme expectativa e o resultado não tem respondido a toda a expectativa criada. E, dessa vez, a distância entre esperado x resultado foi ainda maior. Vejamos se Loving (seu novo filme que figura postulante a indicações ao Oscar) seja diferente.
Na trama, já entramos diretamente no jogo de gato e rato, um pai (Shannon) tentando proteger seu filho, a todo custo, de uma estranha seita religiosa e do próprio FBI. O garoto usa um óculo que cobre seus olhos, sem eles um estranho raio de luz sai de seus olhos. Entre as peças do quebra-cabeças, que lentamente começa a fazer sentido, a presença extraterrestre se torna cada vez mais evidente, porém sem a mística que os filmes dos anos 80 possuíam. Não se cria identidade nenhuma com personagens, resta uma perseguição que o cinema já apresentou versões mais inspiradas.