Estamos prestes a começar mais uma edição da Mostra SP, e novamente com ampla cobertura neste espaço aqui. Agora quarentona, a Mostra SP sofreu fortemente com a crise financeira que assola o país. Na coletiva de imprensa, Renata de Almeida deixou clara a dificuldade em realizar o festival, mas foi bem feliz em afirmar que ela sempre ocorrerá e terá o tamanho que seja possível ter. São 321 filmes que serão exibidos pela cidade a partir dessa quinta-feira, pela cidade porque as salas SPCine (os Céus) entram com tudo na programação. A maioria dos grandes destaques são das interessantíssimas retrospectivas, isso é um fato porque a disputa com os demais festivais do país (principalmente o Festival do Rio), este ano, deixou o festival paulistano com poucas opções dentro da sua política do ineditismo.
Sem dúvida que os principais destaques são Elle (Paul Verhoeven), Paterson (Jim Jarmusch), Canção para um Doloroso Mistério (Lav Diaz) e O Nascimento de uma Nação (Nate Parker) este já abrangendo um possível público mais “pop”. Eles fazem parte da lista de filmes mais comentados nos principais festivais do ano, se você foi para para o Rio teve um leque mais recheado desse tipo de destaques. Já entre as retrospectivas, as opções são fartas, e para quem vai “maratonar”, deva ser difícil encaixar tantos filmes de Bellocchio, Kieslowski, Wajda, Friedkin, etc, etc, etc… Aliás, Bellocchio assina o cartaz da Mostra e seu novo filme, Belos Sonhos, marcará a abertura do evento. Vale frisar que a vinheta talvez seja a mais bonita e impactante de todas, vejamos depois de umas 20, 30, 40 sessões, se essa impressão permanece.
Nos próximos dias, textos e mais textos de filmes exibidos, mas antes, cinéfilo também vive de expectativas, de informações, do boca a boca, por isso, deixo aqui uma lista de recomendações baseado na leitura e no termômetro de criticas internacionais, além dos filmes premiados. Boa Mostra SP!
Canção para um Doloroso Mistério, de Lav Diaz [Berlim, Competição]
Hedi, Mohamed Bem Attia [Berlim, Competição] {Melhor Ator e 1º Filme}
Zero Days, de Alex Gibney [Berlim, Competição]
Junction 48, de Udi Aloni [Berlim, Panorama] {Melhor Filme}
Más Notícias para o Sr. Mars, de Dominik Moll [Berlim, Fora de Competição]
O Anjo Ferido, de Emir Baigazin [Berlim, Panorama Especial]
Elle, Paul Verhoeven [Cannes, Competição]
Paterson, Jim Jarmusch [Cannes, Competição]
O Estudante, Kirill Serebrenniko [Cannes, Un Certain Regard]
O Dia Mais feliz da Vida de Olli Mäki, Juho Kuosmanen [Cannes, Un Certain Regard] {Melhor Filme}
Depois da Tempestade, de Hirokazu Kore-eda [Cannes, Un Certain Regard]
Invasão Zumbi “Train to Busan”, de Yeon Sang-ho [Cannes, Midnight Screening]
Cinema Novo, de Eryk Rocha [Cannes, Cannes Classics]
Belos Sonhos, de Marco Bellocchio [Cannes, Quinzena dos Realizadores]
A Garota Desconhecida, de Jean-Pierre e Luc Dardenne [Cannes, Competição]
The Stopover, de Delphine e Muriel Coulin [Cannes, Un Certain Regard] {Melhor Roteiro}
Mimosas, de Oliver Laxe [Cannes, Semana da Critica] {Melhor Filme}
O Ignorante, de Paul Vecchiali [Cannes, Special Screening]
Poesia Sem Fim, de Alejandro Jodorowsky [Cannes, Quinzena dos Realizadores]
Correspondências, Rita Azevedo Gomes [Locarno, Competição]
Futuro Perfeito, de Nele Wohlatz [Locarno, Cineastas do presente] {Melhor 1º Filme}
Sem Deus, de Ralitza Petrova [Locarno, Competição] {Melhor Filme}
A Última Família, de Jan P. Matsuszynski [Locarno, Competição] {Melhor Ator}
Beduíno, de Julio Bressane [Locarno, Signs of Life]
Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé [San Sebastián, Horizontes Latinos]
Porto, de Gabe Klinger [San Sebastián, New Directors]
Os Demônios, de Philippe Lesage [San Sebastián, Competição]
Mercado de Capitais, de Meera Menon [Sundance, US Dramatic]
Tempestade de Areia, de Elite Zexer [Sundance, Word Cinema Dramatic]
Alba, de Ana Cristina Barragan [Rotterdam] {Lions Film}
O Ídolo, de Hany Abu-Assad [Rotterdam]
Radio Dreams, de Babak Jalali [Rotterdam] {Melhor Filme}
Desconhecida, de Joshua Marston [Sundance, Premières]
O Nascimento de uma Nação, de Nate Parker [Sundance, Competição] {Melhor Filme}
O Segredo da Câmara Escura, de Kyoshi Kurosawa [Toronto]
São Jorge, de Marco Martins [Veneza, Horizonte] {Melhor Ator}
A Família, de Shumin Liu [Veneza, Semana da Critica]
O Caminho para Mandalay, de Midi Z [Veneza, Semana da Critica]
Tharlo, de Pema Tedsen [Veneza, Horizonte]
Os Hedonistas [curta], de Jia Zhang-ke
Me Leve pra Casa [curta], de Abbas Kiarostami
Sexta-feira 13, de Nicolas Klotz
Her Composition, de Stephan Littger
O Cinema, Manoel de Oliveira e Eu, de João Botelho
Se todos estes filmes são bons, ou não, vamos descobrir em breve. Se houvesse tempo, estes seriam todos que gostaria de conferir.
Filmes presentes na Mostra SP que você já encontra algumas linhas sobre eles aqui na Toca:
Persona – Quando Duas Mulheres Pecam, de Ingmar Bergman
Operação França, de William Friedkin
Killer Joe, de William Friedkin
Possuídos, de William Friedkin
A General, de Buster Keaton e Clyde Bruckman
O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte
A China Está Próxima, de Marco Bellocchio
Vencer, de Marco Bellocchio
De Punhos Cerrados, de Marco Bellocchio
Bom dia, Noite, de Marco Bellocchio
Irmãs Jamais, de Marco Bellocchio
A Intrusa, de Marco Bellocchio
A Bela que Dorme, de Marco Bellocchio
Daunbailó, de Jim Jarmusch
Estranhos no Paraíso, de Jim Jarmusch
O Homem de Ferro, De Andrzej Wajda
O Homem de Mármore, de Andrzej Wajda
Curriculum Vitae, de Kieslowski
Barravento, de Glauber Rocha