Abracadabra (2017 – ESP)
Em seu terceiro longa-metragem, o diretor espanhol Pablo Berger já vem deixando sua marca de um cinema (basta lembrar do anterior, Blancanieves) que pode dialogar com o grande público enquanto foge do usual. Mágica, tragédia, um serial killer, e um pouco de fantasia são alguns dos elementos de seu novo, e irregular, trabalho.
O início é de uma típica comédia, com o homem (Antonio de la Torre) não sai do sofá enquanto assiste futebol e espera a esposa (Maribel Verdú) trazer uma cerveja. Abracadabra! Tudo muda num show de hipnose que dá errado e um espírito passa a possuir o corpo do grosseirão, que passa a ter comportamentos bem diferentes. O tom cômico exagerado ganha traços sanguinários e românticos, que beiram Álex de La Iglesia, mas estão sempre bem empregados dentro desse novo universo de Berger começa a propor com sua filmografia