Miss Marx (2020 – ITA)
Você nao precisa gostar dos filmes para se interessar por eles. Por enquanto tem sido assim minha relação com a diretora italiana. Se inspirar na biografia da filha de Karl Max para trazer paralelos de discurso com o mundo atual (posição da mulher, capitalismo), brincar com rock (ok, algo como fez Sofia, mas diferente), quebrar a quarta parede, todas maneiras de dar dinamismo, de colocar sua assinatura além dos discursos do filme de época.
Nem todas as ideias funcionam perfeitamente, no todo é um filme interessante, talvez mais convencional do que ela imaginava ter finalizado. O mais legal é o cinema ter espaço para novas visões, novas leituras, dando espaço e liberdade. Afinal, se excluirmos o sobrenome Marx, temos uma mulher determinado, corajosa, mas também apaixonada, mais para frente que seu tempo e ainda assim tendo que aceitar alguns sapos.