The Pleasure of Being Robbed (2008 – EUA)
Sim, a personagem central é uma cleptomaníaca, e esse prazer em roubar é o fim condutor do jovem estreante Josh Safdie (assina ainda sem o irmão), mas a impressão é de que o filme utiliza essa “hábito” como maneira de facilitar a compreensão desse espírito-livre que anda pelas ruas de Nova York fuçando em bolsas, roubando despreocupada, talvez aguçada pela curiosidade. Muita câmera na mão tremendo, imagem granulada, e a sensação de testemunhar essa liberdade misturada com solidão. Poderia ser um coming-of-age tardio, mas nem isso, é apenas o acompanhamento desse fluxo irresponsável em frequente movimento, e o exercício de um cineasta, que nem terminaram seus estudos, mas já fincava um estilo que só se confirmou como um dos mais interessentes do cinema indie americano atual.