The 13th (2016 – EUA)
Depois do sucesso de Selma, a diretora Ava Duvernay está de volta, e dessa vez, ainda mais impactante no que tange o ativismo contra o preconceito racial. O documentário produzido pelo Netflix já chega favorito ao Oscar, e merece os elogios. A estrutura é simples, depoimentos e material de arquivo, sempre tendo como ponto de partida a influência da aprovação da 13ª Emenda da Constituição dos EUA que diz que ninguém pode sofrer de trabalho forçado (ou escravidão), exceto como punição de crime.
O estudo do fenômeno de crescimento carcerário ao longo das décadas é curioso, e casa perfeitamente com a comprovação histórica do racismo que transborda na América desde o período de escravidão. O documentário não poupa ninguém (Bush, Clinton, Trump, Reagan e etc) ao acusar de erros, omissões, ou até aceite de culpa (no caso de Bill Clinton) sem nenhuma contrapartida. A indústria dos presídios privatizados, a política que sempre privilegia os meios econômicos e nunca a justiça social, o preconceito incurável que a sociedade dá novos sinais estar seguindo no caminho oposto ao do fim de tamanhas barbaridades.