The Imitation Game (2014 – Reino Unido)
É tamanha a preocupação com recriar a época, gravar nos locais onde se passaram os fatos, usando as máquinas originais da Segunda Guerra, e outras purpurinas que o cineasta norueguês Morten Tyldum esquece do cinema. O filme é quadrado, esquemático, racional, quadrado, consequentemente chato. Alan Turing (Benedict Cumberbatch), o pai da computação, é interpretado com todo refinamento, o tom correto para um matemático homossexual que precisava esconder sua opção sexual (proibida por lei na Inglaterra na época). Cumberbatch dosa esse refinamento com pitadas de humor e toda a estranheza antissocial de um típico gênio da matemática. O problema está longe dele, ou da história “que precisa ser contada”.
Os coadjuvantes que não tem peso algum (Kiera Knightley, Mark Strong e etc), a trama narrada nessa cortina de zelo com questões técnicas oferece como resultado um quase telefilme de tão contido e funcional. Demasiadamente narrativo para um grupo notável que através da criptografia desvendou os códigos secretos alemães e modificou os rumos da Segunda Guerra Mundial.