
No ultimo sábado ocorreu a cerimônia de premiação da 68ª do Festival de Berlim. O mais político dos festivais de cinema teve como presidente do júri o cineasta alemão Tom Tykwer, e como toda premiação em que há um pequeno grupo de votantes, as escolhas do júri surpreenderam a critica mundial.
Acompanhando a cobertura dos principais órgãos de imprensa, críticos e cinéfilos, os filmes que mais se destacavam eram Season of the Devil, o novo de Lav Diaz (um musical político), dos prata da casa dois destaques: Transit, mais recente melodrama de Christian Petzold, e In the Aisles, poético e romântico dirigido por Thomas Stuber. O norueguês Erik Poppe que causou controversa em U – July 22, história daquele atirador de seu país que matou muitos inocentes, alguém se lembra? O russo Aleksey German Jr com Dovlatov era outro possível candidato, além dos que foram realmente premiados: o paraguaio Las Herederas e o romeno Touch Me Not. Porém, o mais elogiado de todos estava na seção paralela Forum, o chinês An Elephant Sitting Still, dirigido por Hu Bo.
O Brasil, que não participava na Competição Principal, sai de Berlim com alguns prêmios, demonstrando ter seu espaço na Berlinale. A Toca do cinéfilo teve acesso a diversos filmes das mostras paralelas de Berlim (Panorama, Forum, Generation), assim como outros títulos destacados de outros dois importantes festivais de 2018: Rotterdã e Sundance. Lentamente, o blog fará (algumas já foram feitas) publicações antecipando o que poderá ser descoberto do cinema ao longo de 2018. Confira! Segue a lista de premiados:O júri optou por premiar o filme dirigido por uma mulher (assim como fora feito no ano passado), demonstrando total conexão com o movimento que tem tomado Hollywood durante a temporada do Oscar. Mas, foi além, dando o segundo prêmio mais importante para outro filme dirigido por mulher. Não agradou a critica, que se não desgostou de ambos, claramente preferia outros títulos. Agora, é esperar a oportunidade de conferi-los ao longo do ano.

Urso de Ouro – Melhor Filme: Touch Me Not, de Adina Pintilie (Romênia)
Grande Prêmio do Juri: Twarz (Mug), de Malgorzata Szumowska (Polônia)
Melhor Diretor: Isle of Dogs, de Wes Anderson (Reino Unido)
Melhor Atriz: Ana Brun por Las Herederas, de Marcelo Martinessi, (Paraguai)
Melhor Ator: Anthony Bajon por La Priere (The Prayer), de Cedric Kahn (França)
Melhor Roteiro: Manuel Alcala e Alonso Ruizpalacios por Museo (Museum) (México)
Prêmio Alfred Bauer: Las Herederas, de Marcelo Martinessi, (Paraguai)
Melhor Documentário: Waldheims Walzer (The Waldheim Waltz), de Ruth Beckermann (Áustria)
Melhor Primeiro Fime: Touch Me Not, de Adina Pintilie (Romênia)
Melhor Curta-Metragem: The Men Behind the Wall, de Ines Moldavsky (Israel)
Teddy – Melhor Filme LGBT: Tinta Bruta, Marcio Reolon e Filipe Matzembacher (Brasil)
Teddy – Melhor Documentário LGBT: Bixa Travesty, Claudia Priscilla e Kiko Goifman (Brasil)