Molly’s Game (2017 – EUA)
Narração em off acelerada, marcada no ritmo da trilha e das imagens. Um turbilhão de informações que o público tenta captar entre nomes, números, conexões da personagem e memórias da personagem. Isso, sem falar, nos embates de diálogos acelerados, bem no estilo de A Rede Social. É a estreia na direção de Aaron Sorkin, o roteirista de filmes como o citado de Fincher, ou o de Steve Jobs (do Danny Boyle). A eficiência de seus roteiros está agora explicita em sua direção. Seu estilo é informativo, altamente explicativo, e capaz de dar um perfil completo de personagens e fatos. Se isso é bom cinema, podemos discutir?
Jessica Chastain surge glamourosa na pele de uma mulher que movimentava milhões de dólares em jogos ilegais de poker com celebridades e figurões. Tenta se defender nos tribunais, enquanto enfrenta as sombras de um pai exigente e complicado (Kevin Costner). O filme é curioso e envolvente como narrativa, maçante com esse turbilhão de informações e desgastante com tamanha agilidade e eficiência. Era de se esperar de Aaron Sorkin.