The Duke of Burgundy (2015 – ING)
Em Berberian Sound Studio já era assim, Peter Strickland aproveitando-se do som para estabelecer o clima. Em seu novo filme, ele leva esse aspecto além, e transforma a presença dos objetos de cena em elementos marcantes a narrativa. Oferece muito atenção a detalhes, estabelecendo ainda mais a atmosfera erótica dos jogos sexuais a qual se constitui o relacionamento das duas especialistas em borboletas.
O poder de dominação, e as mutações pelo qual passa o relacionamento, ao longo do tempo, são o caminho escolhido por Strickland para desenvolver esse romance delirante e sensível. Dominante e dominada alternando papéis de acordo com a proposição de situações, como a compra de um presente ou o debate de um tema biólogo na universidade. O mergulho pela sexualidade é tímido, Strickland está mais interessado no apelo visual como forma de conquistar seu público e estabelecer essa hipnose entre espécies de borboletas e o coloquial das cores e formas daquela casa por onde os jogos transcorrem entre altos e baixos de qualquer romance.