Que preguiça do seu filme, hein Stephen Frears? Quase cinquenta anos após ser separada de seu filho, uma mulher, que viveu enclausura num convento (Judi Dench), resolve pedir ajuda para descobrir o paradeiro de seu primogênito. Steve Coogan (bem contido) interpreta o jornalista que a acompanha nesse road movie para senhoras carentes de histórias dramáticas.
Falo em preguiça porque o roteiro é formal e básico, tudo acontece de maneira abrupta e com um quê que só as mais carolas católicas poderiam compreender. É verdade que Frears foge do dramalhão, mas também não precisava ser tão raso e perder tempo em cenas como quando Philomena prefere assistir Vovózona a visitar Washington. Porém, o problema principal é o filme se tratar da busca de um filho, com contato com inúmeras pessoas que o conheceram, e sairmos da projeção sem conhecer nada sobre ele. Frears prefere a mãe ingênua a oferecer um pouco das descobertas que a própria viveu ao realizar essa aventura de um passado cuja ferida é irrecuperável.